Roger Federer: A Biografia
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Roger Federer: A Biografia , livre ebook

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Description

A mais completa e detalhada biografia de uma das maiores figuras do ténis mundial.
Roger Federer é um dos nomes mais famosos no mundo do desporto. E o caso não é para menos: dotado de uma técnica única e de um talento excecional, é considerado por muitos o melhor tenista da história. Entre outros troféus de relevo, tem no currículo 20 Grand Slams e o recorde de semanas consecutivas (237) no primeiro lugar do ranking ATP.
Mas como é que Federer se tornou um campeão? Quais os desafios e as dificuldades que teve de superar para chegar ao topo? Como moldou o seu pensamento e o seu corpo? Quais os seus valores e crenças?
Um dos raros jornalistas com acesso direto ao núcleo pessoal de Federer, René Stauffer apoia-se nas longas conversas que ao longo dos anos foi mantendo com o jogador, a sua família, os seus amigos, treinadores e rivais para nos oferecer uma obra incomparável. Começando na infância em Basileia, na Suíça, onde Roger pegou pela primeira vez numa raquete de ténis, e acabando na conquista do vigésimo Grand Slam, Stauffer revela-nos, de forma surpreendente e apaixonante, todos os segredos que estão na base do sucesso daquele que é um dos desportistas mais bem-sucedidos de todos os tempos.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 15 février 2022
Nombre de lectures 1
EAN13 9789895624850
Langue Português
Poids de l'ouvrage 4 Mo

Informations légales : prix de location à la page 0,0650€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

René Stauffer
ROGER FEDERER
A BIOGRAFIA
Índice
 
 
 
 
Nota do Autor
Prólogo
Parte 1 — O Início
1. O Mundo É Uma Bola
2. Melhores Amigos
3. No Exílio
4. O Sonho da Perfeição
5. Pelo Próprio Pé
6. “Grüezi, Herr Federer”
7. Entre os Grandes
8. Sob o Signo dos Anéis
9. O Violinista
10. Raquetes Partidas
11. Momentos Difíceis
12. A Redenção
Parte 2 — Altos Voos
13. Duelos no Texas
14. No Topo
15. O Rei da Relva
16. Na Broadway
17. Marcas na Terra Batida
18. Pizza em Basileia
19. A Saladeira
20. Rivalidades
21. Em Busca da Perfeição
22. A Mona Lisa do Ténis
23. “Sergeant Pepper”
24. A Marca
25. Uma Família Quase Normal
26. Cidadão do Mundo
27. O Filantropo
28. O Carrossel dos Treinadores
29. O Guerreiro Pacífico
30. O Legado
31. Um Homem de Palavras
32. Fedfãs
Parte 3 — O Regresso
33. O Fim?
34. Desaparecido
35. Uma Reviravolta Impressionante
36. Laver e Outras Lendas
37. A Longa Espera
38. A Nova Varinha Mágica
39. A Bonança Antes da Tempestade
Parte 4 — No Pináculo da História
40. Trinta Minutos de Magia
41. Norman no Meio da Neve
42. No Cinturão do Sol
43. O Jantar dos Campeões
44. O Court das Lágrimas
45. O Melhor de Sempre
46. As Homenagens
Pontos Altos da Carreira
Histórico em Grand Slams
Recordes, Marcos e Séries de Vitórias Mais Importantes
Fotografias
Notas
Ficha Técnica
 
Para a minha maravilhosa esposa Eni
e a minha adorada filha Jessica
 
Nota do Autor
 
 
 
Quando este livro for publicado, passaram mais de 25 anos desde que vi Roger Federer jogar pela primeira vez num court de ténis. Foram 25 anos repletos de prestações superlativas, durante os quais vi um adolescente de quinze anos transformar-se num homem excecional e num dos maiores, se não no maior, tenista da história — e num dos seres humanos mais admirados do planeta. Por vezes afigura-se-me difícil de acreditar que, durante tanto tempo e tão de perto, eu tenha tido a sorte de acompanhar esta carreira única.
O ténis começou por ser o meu segundo amor. A minha primeira paixão foi o hóquei no gelo, muito antes de descobrir o Clube de Ténis de Weinfelden, no nordeste da Suíça, onde cresci. O clube tinha três courts e ficava perto de uma fábrica de cerveja e de um ribeiro conhecido como Giessenbach. Escondido atrás de muros e sebes, aquelas instalações de aspeto elegante ostentavam uma atmosfera quase secreta. Naquela época — estávamos nos inícios dos anos 70 — o ténis era um desporto de elites e senti uma atração quase sobrenatural pela modalidade. Como eu já era membro da equipa local de hóquei no gelo, os meus pais não me deixaram ingressar noutro clube desportivo. Por conseguinte, eu e o meu irmão Kurt continuámos a jogar hóquei e a minha irmã mais velha, Jeaninne, foi a única que teve a oportunidade de treinar naquele sítio.
Graças a ela passei a ter um pretexto para ali entrar e foi assim que começou a minha paixão pelo ténis. Esgueirava-me até aos degraus de betão da pequena bancada que se erguia no telhado das instalações do clube e via a minha irmã jogar. Como nunca ninguém me mandou embora ficava a assistir aos jogos de outros que lá iam para se divertirem, ao mesmo tempo que procurava entender as suas jogadas e me imaginava de raquete na mão, a aplicar as táticas que idealizava.
A minha irmã apercebeu-se do meu desejo e de vez em quando emprestava-me uma das suas raquetes velhas para, no pátio diante da nossa casa, bater umas bolas contra a parede — a uma curta distância, repetidamente, até a minha pulsação acelerar, o suor começar a pingar e a minha mãe me chamar para jantar. A raquete era magnífica, construída numa madeira brilhante e assinada por um tal de Stan Smith.
Stan Smith? Naquela época, esse nome era para mim apenas isso mesmo, um nome, mas ainda assim capaz de estimular a minha imaginação. Afinal, que sabia eu sobre o mundo do ténis? Nada. Tínhamos uma televisão a preto e branco com apenas cinco canais, as transmissões de provas desportivas eram raras e, quando as havia, eram de futebol, de esqui ou de boxe. Que aventura quando, a meio da noite, a família inteira se reunia na sala de estar para, cheia de sono, ver se Muhammad Ali continuaria a ser o rei do mundo... Também nos jornais, as referências ao ténis eram quase nulas, ao contrário do que sucedia com o futebol, o hóquei no gelo, o esqui ou a Fórmula 1.
Não me lembro em que ano assisti pela primeira vez ao torneio de Wimbledon na televisão, mas sei que fiquei imediatamente fascinado pelo Court Central com as suas bancadas cobertas, por todas aquelas instalações de aspeto requintado e idílico, pela atmosfera. O cenário produziu em mim o efeito de uma revelação: “Afinal o ténis é importante, tem imensos adeptos!” Wimbledon pareceu-me uma catedral, com milhares de pessoas que, tal como eu no CT Weinfelden, seguiam com um misto de concentração e fascínio o voo das bolas e o combate entre aqueles dois rivais solitários. Foi o vislumbre de um mundo cuja existência eu desconhecia. Se eu pudesse experienciar Wimbledon uma vez, uma única vez que fosse, pensei, morreria feliz. Anos mais tarde, quando me tornei jornalista desportivo, a minha primeira notícia sobre o torneio londrino recebeu o título de “ Os deuses do ténis instalam-se no seu templo ”.
O CT Weinfelden deu lugar a uma urbanização de moradias unifamiliares e foi empurrado para a periferia da cidade. Como poderia eu adivinhar, quando outrora ficava sentado sozinho nos degraus da bancada de betão, que um dia o meu trabalho passaria por cobrir os maiores torneios de ténis do mundo e que o ténis suíço seria varrido por uma enorme vaga de sucessos?
Quando comecei a escrever sobre ténis no início dos anos 80, acompanhei fascinado o percurso de John McEnroe, de Boris Becker e de Stefan Edberg, que receberam o troféu dourado nos courts relvados de Wimbledon. Quando Heinz Günthardt chegou aos quartos-de-final em 1985 — o ano mágico de Becker —, o ténis suíço viveu um momento decisivo e eu próprio alcancei um ponto alto da minha carreira como repórter.
Foi também o início do milagre do ténis do meu país. Günthardt teve de se aposentar aos 27 anos por causa de um problema na anca, mas foi ele que arrancou o ténis helvético da hibernação. Depois veio Jakob Hlasek, que no final da década de 1980 se tornou o primeiro jogador suíço a figurar no top 10 do ténis mundial e a participar num Masters. A seguir foi a vez de Marc Rosset, o campeão olímpico de 1992, que alcançou a final da Taça Davis com Hlasek e se tornou o primeiro semifinalista suíço num torneio do Grand Slam. Aos dezasseis anos de idade, em 1997, Martina Hingis venceu um Grand Slam e converteu a Suíça num país de referência para a modalidade. Ao longo da sua carreira conquistou cinco majors na categoria de singulares e tornou-se a mais jovem número um da história do ténis.
Até que apareceu Federer, o maior desportista que o nosso pequeno país alguma vez teve e provavelmente virá a ter. Quando Heinz Günthardt atingiu os quartos-de-final de Wimbledon em 1985, parecia-me quase impossível de conceber que um dia um jogador suíço pudesse chegar ao top 10 e/ou à final de um Grand Slam. E a possibilidade de um outro tenista suíço conseguir fazê-lo — como sucedeu com Stan Wawrinka — era algo que fazia parte do domínio do surreal.
A presente biografia é o meu segundo livro sobre Federer. Das Tennisgenie [ O Génio do Ténis ] começou por ser publicado em 2006, e foi traduzido e atualizado por diversas vezes. A versão mais recente termina com a conquista do seu 17.º Grand Slam, em Wimbledon em 2012. Quanto mais o tempo passava, mais evidente se tornava que o próximo grande capítulo da história do tenista suíço seria a sua retirada dos courts .
Mas até os deuses do ténis devem ter ficado impressionados com a determinação de Federer. E assim, numa idade em que a maioria dos jogadores já se retirou, concederam-lhe um regresso que nem ele próprio poderia ter imaginado, permitiram-lhe voltar a conquistar os maiores êxitos e reformular a história do ténis. E, com isso, forneceram-me a motivação e o material para reescrever a sua biografia. Tornou-se claro que um ou dois capítulos adicionais não seriam suficientes para fazer justiça à sua carreira, à sua vida e à sua importância para o ténis. Muita coisa sucedera ao longo dos mais de dez anos que entretanto tinham passado desde o meu primeiro livro, e aqueles novos acontecimentos podiam agora ser avaliados e analisados com bastante mais clareza.
Graças à sua abertura e acessibilidade, Federer sempre facilitou o trabalho dos jornalistas. Por isso, os meus agradecimentos dirigem-se sobretudo a ele — ainda que não tenha participado ativamente na elaboração desta biografia, o que é perfeitamente compreensível: se não puder dedicar-se a cem por cento a uma coisa, Federer prefere não a fazer. É essa franqueza que faz com que seja tão agradável trabalhar com ele. Os meus agradecimentos vão também para os seus pais, Lynette e Robbie, para Severin Lüthi, Pierre Paganini e Tony Godsick, que, tal como Federer, sabe levar tudo com uma pitada de humor. Agradeço ainda aos inúmeros colegas que partilharam as suas experiências e conhecimentos comigo e que ajudaram a tornar todos aqueles dias, meses e anos no circuito uma jornada inesquecível. O meu obrigado à minha editora, Piper Verlag, em particular a Anne Stadler, Angela Gsell e Steffen Geier. E, por fim, os meus mais profundos agradecimentos vão para a minha maravilhosa família, para Eni e Jessica, que nunca reclamaram por eu estar constantemente a fazer as malas para partir no encalço de Federer.
 
Müllheim, março de 2021
Prólogo
 
 
 
Mirka, a sua esposa, saltou no camarote e colocou as mãos à frente do rosto. Robert, o seu pai, puxou o boné RF azul para baixo, tapando ainda mais os óculos de sol, e cruzou as mãos por cima do parapeito, como se estivesse a rezar. À volta deles, a multidão nas arquibancadas do Court Central de Wimbledon enlouqu

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